segunda-feira, 17 de setembro de 2012

O CAOS: SUPERPOPULAÇÃO (NATGEO)

Título Original: Population Overload – Aftermath.


"Considerando as condições médias da produção de alimentos nas terras agrícolas, onde os meios de subsistência, nas mais favoráveis das circunstâncias, só poderiam aumentar no máximo, em progressão aritmética enquanto que a população humana vai aumentando em progressão geométrica e desta forma concluiu que não vai dar para alimentar toda a superpopulação." ( Thomas Malthus)

Nesta sexta foi exibido no National Geographic Channelo documentário “O caos: superpopulação” que faz uma abordagem referente ao caos que o mundo enfrentaria com a mega explosão populacional, a abordagem do programa é em cima de uma população mundial de 14 bilhões de habitantes, o dobro do que temos atualmente, sendo que esse número foi alcançado apenas em 6 meses de forma repentina (é loucura, mas vamos lá). O que é interessante no programa é uma ordem cronológica do caos que ele aborda de forma meio que apocalíptica. Creio que quem assistir vai ficar vidrado na TV vendo crise por crise que o mundo pode enfrentar com esse crescimento desenfreado. Pude assistir este episódio meio que por acaso e fiz várias anotações, a seguir faço um resumo do que pode acontecer conforme o passar do tempo:

Após 6 meses:
Após 6 meses que houve esta explosão populacional repentina não haverá o número de habitações suficiente para todos, com isso haverá uma necessidade urgente e extrema de novos prédios (pois não haverá lugar suficiente para casas), cada vez mais os prédios terão maiores números de andares (arranhas céus), assim como apartamentos menores, isso para suportar o maior número de pessoas possível.


A quantidade de alimento não será o suficiente, então haverá a necessidade de maiores pastos para a criação de gado para atender a demanda mundial, com isso haverá um desmatamento extremo em áreas florestais para a pecuária, segundo o programa, essa área teria um tamanho aproximado ao da América do Sul.

Em relação aos campos para a produção de grãos estimou-se que o tamanho necessário seria de aproximadamente ao de 2 vezes o tamanho dos EUA. A África do Norte usaria dutos que puxassem a água do Egito para regar estes novos campos. A produção de leite atrasaria consideravelmente, pois seria necessário esperar o gado crescer para poder dar o leito. Toda essa situação geraria uma hiperinflação. Hoje, o EUA que é um dos maiores exportadores de grão mundiais, iria parar de exportar por falta de campos cultiváveis e água o suficiente.

Quanto mais gente no mundo, maior será o numero de carros circulando, com isso não haverá estradas o suficiente para tantos carros, elas começariam a ser fechadas para reparo e novas construções, isso geraria um colapso nas importações e importações, principalmente.

Após um ano:

Após esse tempo começaria a crise de moradia, pois a indústria civil não teria como atender uma população que dobrou em 6 meses, muitas pessoa iriam morar nas ruas em grandes acampamentos. Haveria a necessidade de mais metrôs e trens, já que não o número de carros nas ruas é extremamente absurdo e o transito quase não anda. O sistema de água e esgoto não iria conseguir atender a quantidade extrema de resíduos, então, as inundações de bueiros que ocorriam esporadicamente somente com grandes chuvas, agora seria algo rotineiro. O que transbordaria dos esgotos iria escoar para os rios, com isso, a água ficaria poluída de tal maneira que a população começaria a adquirir doenças que até então não eram comuns, como surtos de diarreia, cólera e a febre tifoide.

O que fazer com o lixo produzido por uma população de 14 bilhões de pessoas? A crise seria extrema, pois não será fácil se desfazer destes resíduos. Então aumentaria o número de animais que se beneficiam deste material e que transmitem doenças, como ratos e baratas. Haveria uma epidemia de doenças como meningite, insuficiência renal e leptospirose.

A partir de agora vamos passar a sobreviver com 1% da água doce do planeta, com isso iniciaria uma crise absurda e a melhor solução seria o racionamento da água. E as plantações, como sobreviveriam sem água? Haveria agora uma ampla pesquisa em produzir plantas modificadas geneticamente que necessitem de menor quantidade de água para viver.



A energia elétrica não será o suficiente, com isso começaria o investimento em usinas termoelétricas, como essa energia demoraria a chegar a toda população, começaria os toques de recolher.

Um mundo em crise de alimento, água e energia começaria a entrar em desespero, aumentaria o desemprego e a violência, já não haveria lei e ordem nas ruas. A poluição proveniente das usinas termoelétricas que queimas madeira, plantas, carvão, etc. afetariam a população, mas de que forma? Fumaças invadiriam a cidade e demorariam dias para passar, isso causaria sérios problemas respiratórios e em muitos casos, o óbito. A falta de água afetaria a indústria civil, pois é preciso de uma enorme quantidade de água para a produção do ferro.



Como estaremos enfrentando paralelamente a crise de energia, os novos arranhas céus projetados vão passar longos períodos em construção.

Após um ano cada vez mais diminui a quantidade de água doce disponível, então, começariam os investimento em usina de dessalinização da água do mar, a grande quantidade de energia utilizada subiria consideravelmente o preço da água. Estas usinas não são utopia, pelo contrário, já existem e já funcionam em alguns locais do mundo como no Oriente Médio. A maior planta de dessalinização do Mundo é a localizada em Hadera, norte de Israel [1], seguida pela de Jebel Ali - Phase 2 nos Emirados Árabes Unidos.

Após 7 anos:

A partir de agora diminuiria a circulação de pequenos carros nas ruas, devido ao preço da gasolina, e crise mundial. As pessoas vão ser obrigadas a usar transportes públicos e a andar de bicicletas (novas ciclovias serão de extrema necessidade). Também haverá um maior investimento em energia limpas como a solar e a eólica. A água de rios e lagos estão secando, agora teremos que ir buscar água em outros locais, a saída será os aquíferos subterrâneos. A exploração destes aquíferos irá abalar com as estrutura dos arranha-céus, com o tempo alguns irão desabar e o medo tomará conta das pessoas, estas que começarão a abandonar os grandes centros urbanos e a ir morar em volta dos rios secos e poluídos.

Após 10 anos:

Após 10 anos em que a população ultrapassou a marca dos 14 bilhões, começa a agora a migrações em massa, populações inteiras vão atrás de um ambiente ameno para morar, vão atrás de lugares que a natureza ainda disponibilize seus recursos.


Cidades inteiras são abandonadas, os rios secaram e já não se encontra mais água com facilidade, a partir desse momento começam as mortes por falta deste recurso tão precioso que anos atrás não demos valor. Por desespero a nível global os governos chegam a pensar na possibilidade de usar a água contida nas calotas polares, já que são compostas por água doce, segundo o que foi tratado no programa essas calotas serão explodidas com o uso de dinamites para o posterior consumo da água.

Algo de errado que pude presenciar neste programa é que não há uma abordagem referente ao efeito estufa, pois imagine uma população acima dos 14 bilhões... Com essa quantidade de gente perambulando no mundo a exploração dos recursos estaria além do imaginável, de certo as calotas polares já estão em um processo bem avançado de derretimento e não lá guardadinhas em imensas geleiras.

Avançando em 35 anos no futuro após o suposto evento, os problemas estabilizaram mas a qualidade de vida ainda continua péssima e nada comparada ao passado. Com o tempo as imensas populações vão aglomerar-se em volta dos rios, os grandes centros urbanos que outra hora foram disputada, agora estão abandonados. Essa aglomeração será em busca de qualquer quantia irrisória da água, esta que está mais poluída do que nunca e os rios cada vez mais secos...

Pretendo ir atrás de onde foram tirados este dados, mas por pura lógica de quem ler ou assistir o programa vai perceber que não há nada de sobrenatural, na verdade faz bastante sentido a maior parte do que foi tratado. Há um tempo escrevi uma resenha sobre o filme Idiocracy e é bem fácil fazer uma análise referente às semelhanças do que é abordado no filme e neste episódio de “O caos: superpopulação”.

" Segundo a ONU, para garantir um nível sustentável de população, todos os países devem, o mais rápido possível, baixar para uma taxa de fecundidade de 1,85 e ali se manter durante um século antes de retornar ao limiar da substituição. Esse esquema corresponde mais ou menos à evolução seguida pelos países ocidentais. No entanto, ele parece bem ambicioso. “Nada garante que a melhora do planejamento familiar nos países em desenvolvimento continuará; em alguns países, ela está em recuo”, lamenta Buettner. A taxa de fecundidade dos países menos avançados permanece em uma média de 4,29. Uma dezena de países, a maior parte na África, ainda não iniciaram sua transição demográfica. “A Ásia e a América Latina reduziram sua natalidade bem mais rápido do que os demógrafos pensavam”, lembra Gilles Pison, diretor de pesquisa do Instituto Nacional de Estudos Demográficos. Será que a África reserva a mesma surpresa?" Fonte: http://www.ecodebate.com.br

Assista ao programa:
PARTE 1 DE 5:
http://www.youtube.com/watch?v=NDFWtX7fVdo

PARTE 2 DE 5:

http://www.youtube.com/watch?v=3K-W3JdIUok&feature=fvwrel

PARTE 3 DE 5:
http://www.youtube.com/watch?v=o7CFR7NZjIk&feature=relmfu

PARTE 4 DE 5:
http://www.youtube.com/watch?v=Yl7cB3i_zOQ&feature=relmfu

PARTE 5 DE 5:
http://www.youtube.com/watch?v=-h4AsHFCBOw&feature=relmfu

Nenhum comentário:

Postar um comentário