sábado, 7 de setembro de 2013

Jakuchu Ito - arte japonesa

TEXTO SUJEITO A MELHORAMENTO INFORMATIVO E ORTOGRÁFICO

Jakuchu Ito foi um pintor japonês que viveu no Japão durante o século XVIII, durante a era Edo.

Desde criança ele foi fascinado em observar a natureza ao seu redor, sempre foi considerado antissocial, pois passava a maior parte de seu tempo em uma concentração profunda de admiração à vida que estava ao seu redor. A pintura era uma grande paixão sua e muito se dedicou a esta arte, durante boa parte de sua vida fez cópias perfeitas de quadros de diversos artistas japoneses e chineses.

Um belo dia Jakuchu resolveu pintar o que ele observara a vida toda, por esta razão estudou muito da arte chinesa e seguia a filosofia de pintar as coisas como elas são. Ele sempre gostou de observar galinhas e galos, ele mesmo dizia que passara a vida toda observando esses animais, mas cada vez ele captava um comportamento diferente que tanto o agradava. É por esta razão que é muito observar na obra de Jakuchu a representação de tantos galos e galinhas, pois ele já dominava todos os movimentos destes animais e os representava com uma perfeição de cores e comportamentos.

Durante vários anos pintou uma série de quadros que intitulou “O reino colorido dos seres vivos”, esta obra é um conjunto de 30 painéis com pinturas de natureza dos anos 1700, uma propriedade da família real do Japão e considerado um tesouro cultural, que por muito tempo foi exibido somente uma vez por ano no palácio real. Nestes painéis há a representação de pássaros, flores, insetos, peixes e outros animais sobre painéis de seda verticais.

Uma das características de sua pintura é por haver somente uma camada muito fina de tinta, não havendo qualquer tipo de sobreposição na pintura, nem o cruzamento das linhas de contorno. A camada de tinta é tão fina que é possível observar todas as linhas da seda, material no qual ele usava para pintar.

National Gallery of Art, Washington,:
http://www.youtube.com/watch?v=aKRmYi1StoI&hd=1





quarta-feira, 17 de julho de 2013

Poço Money - O poço dos mistérios no Canadá.

Mais uma vez venho aqui escrever sobre um dos assuntos que mais gosto, os chamados “Mistérios da Humanidade”, já postei aqui no meu blog sobre “Malta, a ilha misteriosa do mediterrâneo” e também sobre o “Enigma nuclear de Mohenjo Daro”. Recen vez ao assistir Astronautas do Passado fiquei fascinada com um caso misterioso, que até então não conhecia, o “Poço Money”.


O poço Money está localizado em Oak Island, uma ilha de 57 ha (0,57 km²) de área no Condado de Lunenburg, na parte sul da Nova Escócia, Canadá. Ele foi descoberto ao acaso no ano de 1995 por 3 jovens que explorava as proximidades da ilha após visualizarem algumas luzes “estranhas” no céu (não há confirmação de que esse avistamento realmente tenha acontecido), esses jovens eram Daniel McGinnis, John Smith e Anthony Vaughan, após chegarem ao local onde as luzes foram avistadas os jovens acharam um poço misterioso e começaram a escavar o mesmo... Quanto mais cavavam, mais achavam níveis subterrâneos e objetos estranhos no local, objetos como um tapete feito com fibra de coqueiro (não há coqueiros no Canadá por ser uma palmeira tropical, então de onde ele veio?), também encontraram uma placa de pedra com algumas inscrições estranhas.


Várias tentativas já foram feitas de escavação do poço Money, no entanto elas não tiveram sucesso, muitos foram os investimentos feitos e várias empresas de escavação e mineração já tentaram escavar ao redor do poço para chegar ao seu fundo para saber o que há nele, mas nada teve sucesso. Vale ressaltar também que muitas pessoas morreram na empreitada...
O poço é formado por várias plataformas feitas de carvalho, cada camada distancia 3 metros uma da outra e entre cada uma delas há muitas placas de pedras não nativas da região e de argila. O subterrâneo da ilha possui um complexo sistema hidráulico que não se sabe (ainda) quem construiu, pois há uma engenharia muita precisa de canais que levam a água do mar até o sistema central, o poço Money, causando a inundação do mesmo. Certa vez jogaram tinta vermelha em um dos canais e a tinta saiu por outros 3 pontos distintos ao redor da ilha.

NÍVEIS DO POÇO

SISTEMA HIDRÁULICO


Muitas são as dificuldades para chegar ao fundo do poço, então será que há algo muito importante e valioso escondido nele? Existem inúmeras especulações a respeito do mistério do que ele deve esconder como: joias da coroa da Inglaterra, tesouros de piratas ou quem sabe os manuscritos perdidos de William Shakespeare. No entanto a teoria mais engenhosa que se conhece é de que o poço Money seja o esconderijo de um dos maiores símbolos do cristianismo judaico: a arca da aliança.



Os que acreditam na teoria dos astronautas do passado dizem que se a arca da aliança realmente existiu ela foi (ou é) um artefato que possui tecnologia alienígena e que foi entregue aos israelitas, argumentos que são dados de acordo com o que a bíblia fala de seus poderes “mágicos”, uma das passagens da bíblia que fala que a arca foi roubada pelos hebreus e ao abrirem muitas pessoas morreram vítimas de doenças misteriosas e ficaram doentes com vários tumores cancerígenos.

ARCA DA ALIANÇA


"O triunfo da morte" - (Pieter Bruegel)


Lendas antigas dizem que a arca foi levada pelos cavaleiros templários, a história conta que os templários fizeram um pacto com a família Sinclair (apesar de que alguns historiadores afirmam que a família Sinclair não teve qualquer relação com os templários), que levou a arca da aliança para a ilha de Oak Island para protegê-la da invasão inglesa durante o século XV, e assim construíram o poço Money para escondê-la.
Em meados dos anos 90 alguns cientistas introduziram no interior do poço algumas câmeras e descobriram estranhos objetos, foi feito uma identificação por radiometria para identificar a idade do poço, o resultado foi dito como surpreendente, pois a variação ficou entre “muito antigo” e “futurista”. A explicação que se tem para esse fato é de que o poço contem uma atividade radioativa, por este resultado alguns cientistas passaram a acreditar que o poço pode esconder algum reator nuclear.


Vídeo: Construção do poço - The Money Pit

http://www.youtube.com/watch?v=jUEkxdZF9Z8&hd=1

Poço Money - Canadá (History Chanel)

http://www.youtube.com/watch?v=snuHyuR4F7A&hd=1

terça-feira, 2 de julho de 2013

Democracy - Laurie Lipton

Para quem ainda não sabe, laurie Lipton é minha artista favorita, admiro ela não apenas pelos seus traços absurdamente impressionantes, mas principalmente pela sua forma de inserir nos seus desenhos diversa formas de críticas sociais de forma meio obscura e perturbadora. Mais uma vez venho aqui fazer uma interpretação (como uma mera mortal) de uma de suas obras.

"Democracy", charcoal & pencil on paper,28x34.5"
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Claramente vimos neste quadro uma visão determinista a respeito de nossa política do séc. XXI. O que conhecemos como democracia? Basta irmos atrás de um pouco de informação referente a este termo que logo veremos que o título da obra não passa de uma grande sátira, Algo que Laurie Lipton sabe retratar muito bem em sua arte hiperrealista.

“Democracia vem da palavra grega “demos” que significa povo. Nas democracias, é o povo quem detém o poder soberano sobre o poder legislativo e o executivo.”


“As democracias conduzem regularmente eleições livres e justas, abertas a todos os cidadãos. As eleições numa democracia não podem ser fachadas atrás das quais se escondem ditadores ou um partido único, mas verdadeiras competições pelo apoio do povo.”
Para saber um pouco mais sobre o que é e o que representa a democracia, acesse o link:
http://www.embaixada-americana.org.br/democracia/what.htm

Durante muito tempo pensei nesta imagem como uma representação de uma crítica sobre a democracia geral, no entanto recentemente passei a observar que de certa forma ela PODE estar mais voltada para uma crítica a democracia norte-americana.
A imagem faz referencia ao governo americano, a política norte-americana democrática pluralista onde a autoridade governamental é dividida entre vários centros de poder abertos aos interesses de vários grupos. Os Estados Unidos não têm apenas um sistema eleitoral, mas dois — um para o presidente e outro para os membros do Congresso. Ambos contribuem para a descentralização do poder.

“O maior triunfo dos Estados Unidos no chamado Século Americano não foi econômico, político ou mesmo militar. Foi na propaganda — na venda para o mundo da imagem de terra da liberdade, na propagação do assim chamado sonho americano.”
http://diariodocentrodomundo.com.br/por-que-os-americanos-nao-estao-nem-ai-para-as-eleicoes/

O ponto central aqui a ser observado é o controle das massas pelo alto poder por trás do governo, este poder poderia ser o legislativo, o judiciário e/ou o executivo. Esses poderes podem ser observados na imagem através da personificação desses homens bem vestidos que se encontram no lado direito desta obra, você pode observar que na mão do primeiro homem há uma espécie de controle que ao ter o botão apertado ele abre a tampa do caixote onde a “massa” se esconde, controle que representa a manipulação do que está aberto ao público... Claramente a imagem de que a população é constantemente ludibriada pelo governo a ver somente o que for do interesse, não ao bem comum.

Dentro do caixote que o homem do lado direito controla para abrir estão várias pessoas, este é o povo sendo controlado, a tampa do caixote representa o controle das massas, o povo somente enxerga a alegria de uma sociedade falsa, estão totalmente absortos da realidade e somente veneram o controle vigente sem qualquer interesse de desmistificação devido a lavagem cerebral.
Uma política de pão e circo se faz evidente ao observarmos o palco extremamente iluminado e a imagem do político carismático repleto de controle e retórica com um sorriso estampado no rosto. No entanto este político não passa de um verdadeiro marionete controlado pelos poderes governamentais que falei anteriormente, ele é apenas um símbolo para o público em um governo.

É perceptível que o fato ocorre dentro de uma espécie de fábrica, esta é uma fábrica que “produz políticos-marionetes”, seres acéfalos produzidos em massa com o intuito de controle massivo que por meio de persuasão e retórica controlarão as multidões. As formas de manipulações são as mesmas, independente da região, independente do povo.

Esta obra pode nos remeter ao mito da caverna de Platão no livro VII de A Republica de Platão,
O palco com toda aquela alegria e descontração iluminado por holofote seria a parede onde passam apenas às sombras, vemos estas sombras e acreditamos que elas sejam a verdadeira realidade:
Acreditavam que as imagens fantasmagóricas que apareciam aos seus olhos (que Platão chama de ídolos) eram verdadeiras, tomando o espectro pela realidade. A sua existência era pois inteiramente dominada pela ignorância (agnóia). Fonte: http://educaterra.terra.com.br/voltaire/cultura/caverna.htm

O mundo é caótico, mas a luz ainda tende a nos cegar...

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Um Conto Chinês - uma vaca, um chinês e um argentino.

Como uma vaca que caiu do céu poderia mudar o rumo da vida de duas pessoas?



Esta é uma frase que pode soar com um ar estranho ou de certa forma cômico, porém é uma história real que foi adaptada para o cinema, um filme argentino de 2011 sob direção de Sebastián Borensztein.O filme “Um conto chinês” trata da história de um argentino e um chinês que se uniram por uma vaca que caiu do céu, eles que estabeleceram uma forte amizade e um vínculo muito forte sem um entender sequer uma palavra do que o outro dizia... Uma história comovente e forte onde a comunicação se faz por gestos e olhares profundos.



Roberto é um homem solitário e arrogante que possui uma loja de ferramentas em Buenos Aires, ele é acostumado com sua rotina extremamente meticulosa (como dormir exatamente às 23hrs todos os dias), ele é totalmente misantropo e trata todo mundo quase sempre mau, somente se segura devido precisar de clientes para a sua loja. Roberto possui uma admiradora nada secreta, ela é Mari, cunhada de um amigo seu que é perdidamente apaixonada por ele desde o primeiro momento que o viu na casa de sua irmã... Ela em vão faz várias tentativas de aproximar-se de Roberto, porém sem êxito. Mari é um ponto fundamental para o rumo desta história também, pois em muito ela ajudou Roberto a avaliar seus atos e pensamentos sobre os outros e sobre si mesmo.

Jun é um chinês que vai para a Argentina atrás de seu tio, o Sr. Quian após um triste fato que ocorreu com ele: a morte de forma absurda de sua esposa após uma vaca cair do céu e lhe atingir violentamente enquanto eles passeavam em um barquinho em um lago... Jun, com o objetivo de esquecer esta situação vai com a “cara e a coragem” para a argentina sem saber uma palavra em espanhol, ele que não tem sequer nenhum parente além desse seu tio.
As vidas de Jun e Roberto se cruzam quando Jun é atirado de um taxi após ser assaltado pelo motorista. Roberto, por mais ranzinza que seja, se sentiu na necessidade de ajudar este pobre chinês desolado... Chegando até mesmo ao ponto de levá-lo para sua casa e hospedá-lo, a princípio, somente por esta noite.


Creio eu que um dos trechos mais cômicos deste filme é quando após o protagonista levar o chinês no consulado ele se vê em apuros, pois o consulado irá tentar localizar o tio dele, no entanto não disponibilizará alojamento... o que resta? Resta a Roberto hospedar o chinês por mais tempo. Não é de se surpreender que ele não gostou nada da ideia e literalmente foge do prédio... Mas Jun vai atrás dele, e, ao chegar na porta ele vê somente o carro se afastando e fica lá...triste, triste...Mas Roberto engole sua estupidez e volta para pegar Jun, indo contra sua adorável e inseparável misantropia.

“NÃO ESTOU ACOSTUMADO A TER COMPANHIA!”

Uma das cenas mais bonitas é totalmente simbólica... No primeiro dia em que o chinês esteve na casa de Roberto ele o deixava trancado no quarto de hóspede por um receio natural humano de ele não ser de confiança, porém do outro dia, após ele o mandar ir para o quarto, Jun entra, o Roberto fecha a porta, toca na chave...Reflete, mas não o tranca. Isso representa uma quebra no paradigma dos princípios do personagem que já começa a se sensibilizar e a se envolver com a triste história do chinês perdido na argentina e a acreditar que ele é alguém de confiança.


De tão incomodado com o fato desse hóspede inesperado, Roberto não sabe o que fazer para livrar-se dele, ele começa a entrar em algumas crises devido ter perdido um pouco de sua privacidade, então ele estabelece que Jun deverá passar somente 7 dias na sua casa, e após isso, deve ir embora... Os dias vão passando e eles não conseguem resultados positivos na busca pelo tio de Jun e cada vez mais Roberto não sabe o que fazer para livrar-se desse grande incômodo.

Jun é um ótimo rapaz que tenta a todo custo agradar Roberto, sendo trabalhador a respeitando seu espaço, realizando toda e qualquer tarefa que lhe for pedida. Ele se sente muito grato pelo fato do velho ranzinza estar lhe ajudando dia após dia.
Vale lembrar que Roberto possui um certo grau de TOC (transtorno obsessivo compulsivo), isto fica evidente na forma meticulosa de como ele sempre toma se café da manhã, a forma em que tira o miolo do pão ou o fato dele esperar exatamente vidrado no relógio chegar ás 23hrs em ponto para que assim ele apague a luz e vá dormir.

“ADOREI O TELEFONE TOCAR E UM CHINÊS DIZER QUE VIRÁ BUSCÁ-LO!”

“ISTO É DOCE-DE-LEITE, VOCÊS SE ESQUECERAM DE INVENTAR. POR ISSO NÓS INVENTAMOS!”

“OLÁ, BOM DIA! SEI QUE VOCÊS TÊM MAIS DE 5 MIL ANOS DE HISTÓRIA E UMA PACIÊNCIA INFINITA, MAS PRECISO IR ABRIR A MINHA LOJA...”


Este é o diálogo entre Roberto é um chinês quando ele vai no consulado procurar ajuda para solucionar o caso de Jun:
ROBERTO: PODERIAM FAZER A GENTILEZA DE ME ATENDER AGORA? PRECISO FALAR COM O R. PIN GA HION!
CHINÊS: ELE ESTÁ NA CHINA E SÓ VOLTA EM 2 MESES!
ROBERTO: PODERIA ME ATENDER QUEM ESTÁ NO LUGAR DELE?
CHINÊS: NÃO HÁ NINGUÉM PARA ATENDER, NÃO TEMOS GENTE!
ROBERTO: 1 BILHÃO E 300 MILHÕES DE CHINESES NO MUNDO E VOCÊS NÃO TÊM GENTE?? MAS QUE CARA DE PAU!!”

Em uma de suas crises de raiva, Roberto expulsa Jun de sua casa após ele quebrar por descuido toda a sua coleção de brinquedinhos de vidro que ficavam em uma estante. Roberto pega Jun, coloca ele em um táxi e pede para o motorista largar ele na rua central do bairro chinês. Após este fato Mari aparece e com poucas, porém profundas palavras, faz Roberto refletir sobre esse seu ato, sendo que ele falou a Mari que Jun foi embora por conta própria...


A partir deste ponto do filme é que a história toma um dos rumos mais fortes, pois é quando Jun vai procurar o chinês, uma situação violenta acontece com Roberto e Jun aparece na hora para ajudar. Roberto se mostra muito grato com Jun, lhe pede desculpas e muda seu modo de agir e pensar. Agora Jun vai descobrir o que realmente houve com Jun para que ele deixasse sua pátria e viesse parar em Buenos Aires. Coincidentemente ele descobre que conhece a história de Jun, pois ele coleciona notícias absurdas que saem em jornais e o caso da vaca que caiu do céu era uma delas... Somente há um diálogo compreensível devido a ajuda do rapaz que entrega comida chinesa saber espanhol e chinês e assim, poder servir como um rápido tradutor para Roberto e Jun.


Não posso falar sobre o que há de mais profundo, emocionante e o desfecho do filme, apenas deixo aqui o sabor da história, creio que quem assistir a este filme não se decepcionará. Uma história linda onde palavras não foram fundamentais, apenas a relação de amizade, confiança e gratidão criadas a partir de um “fato absurdo”.

domingo, 27 de janeiro de 2013

Malta, a ilha misteriosa do Mediterrâneo.

Ao sul da Itália, no sul da África, no mar Mediterrâneo há um arquipélago constituído por 5 ilhas que juntas formam a República de Malta, destas, somente às 3 menores são habitadas, elas são: Malta, Gozo e Comino. Malta está na região central do mediterrâneo e possui uma história milenar pelas convergências (e mistérios) de suas civilizações. Segundo estudos ela é habitada desde cerca de 5200 A. C. e foi uma área importante para uma civilização pré-histórica anterior aos fenícios, os sicilianos. Sugiro que este artigo seja lido para maior compreensão desta região histórico, já que aqui a abordagem não será geográfica, demográfica ou cultural:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Malta

Malta foi uma grande descoberta, devido à complexidade de sua arquitetura, já que ela foi construída em um período muito remoto da história. Suas construções possuem paredes, tetos, muros, rua pavimentadas, etc. Toda a construção é feita a partir de grandes blocos de rochas monolíticas, alguns chegam a pesar mais de 20 toneladas, e até hoje não se sabem como eles poderiam ser transportados da área de extração até o local das construções, este é um mistério que envolve praticamente todas as civilizações antigas que possuíam grande complexidade arquitetônica, um dos maiores exemplos a ser dado é no Egito e os enigmas eternos a respeito das construções dos seus monumentos, em contar que Malta data de um período anterior ao Egípcio em cerca de mil anos. Nesta região podem ser encontrados os primeiros indícios de construções monumentais com engenharia arquitetônica muito desenvolvida para o período, além de muita precisão matemática. Pesquisas indicam que Malta foi construída antes da invenção da roda e das ferramentas de metal.



Uma curiosidade encontrada nas ruas e aos redores de malta são as chamadas “rotas para carros”, todas essas “vias” possuem 1,20m de largura e quilômetros de comprimento, isto evidencia que esta região poderia ter sido um dos primeiros centros industriais deste local e essas rotas serviam para o transporte de maquinaria pesada para a construção da cidade, assim como para o transporto de outros bens para a subsistência da população local. Estudos feitos nessas rotas apontaram que elas possuem cerca de 10 mil anos.

Em 1932 foi descoberto em malta um santuário subterrâneo que datava do período de 2500 A. C. A estas construções chamamos de Hypogeum ou Hipogeu que nada mais é do que um templo funerário subterrâneo característico do período pré-cristão. O hipogeu de Malta possui 3 níveis escavados na rocha, estima-se que foram retirados do local aproximadamente 2500 toneladas de rocha. Esse templo subterrâneo é uma reprodução perfeita dos templos que são encontrados na superfície. Ele foi encontrado durante algumas escavações na região para a construção de residências para a população local.

Entre as curiosidades deste hipogeu, sem dúvida a maior é referente às propriedades acústicas encontradas em seu interior, neste local há uma sala central que é conhecida como “A sala do Oráculo”, qualquer som que seja feito nesta sala é propagado para todos os compartimentos do complexo na mesma intensidade. Segundo teóricos das teorias dos astronautas do passado esta seria uma forma de comunicar-se com os “deuses”, esses deuses seriam os extraterrestres que lhe proporcionaram tal tecnologia avançada para seu tempo. Acreditando ou não na existência de extraterrestres, esta capacidade de dominar a ciência da acústica em um período tão primitivo é sem dúvida muito intrigante, já que segundo a minha “pesquisinha” pela net, a acústica começou a ser estudada por volta do séc. XVII. Para saber mais vejam este link:

http://www.atelierlabussiere.com/acusticalabussiere.htm




Há especialistas que dizem que foi usada a ressonância fratal não-linear. Descobertas recentes no campo das ciências materiais, apontam que a ressonância não-linear de ondas sonoras, micro-ondas e ondas magnéticas, pode alterar a matéria de formas inimagináveis. Em Malta ela seria possível a escavação, levitação, corte e polimento das rochas. Estudos a respeito da ressonância fractal ainda estão em andamento, mas ainda não foi possível atingir tais técnicas que influam profundamente em materiais sólidos alterando suas formas.

Seriam os "astronautas do passado" responsáveis por transmitir tais conhecimentos para povos primitivos? Malta é somente mais um dentre tantos mistérios da humanidade...

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Extinções, meio ambiente e crianças. Como abordar?

Acabei de assistir um doc que estava passando na Cultura, o nome dele era: Extinções.


Bem, este episódio tratou sobre a onça pintada. Biólogos de uma ong foram acompanhados em uma de sua pesquisas com um espécime de onça do cerrado, uma fêmea que esta sendo monitorada para verificar como ela está conseguindo sobreviver em um ambiente com grande impacto, sendo que seu hábitat está sendo cada vez mais ameaçado pela expansão da pecuária e do cultivo de grãos voltado para a alimentação do gado.

Dentre tudo que foi falado, um dos focos foi em cima da caça e da criação ilegal de grandes felinos como animais de estimação, mostraram vídeos de pessoas FDP que criavam esses animais em casa após retirar todos os dentes, todas as garras, espancamento, sem contar alguns que eram criados em gaiola e cresceram deficientes pela má formação óssea.

Esses animais após um resgate pela polícia ambiental, IBAMA e com a ajuda de biólogos e veterinários eram encaminhados para um santuário do cerrado que abrigava grandes felinos oriundos de apreensão. O local nunca disponibilizará o que o animal necessita em sua ecologia, mas oferece o que for possível para lhe garantir a dignidade necessária, alguns dos animais nunca nem haviam pisado em uma grama.

Normalmente em santuários há uma visita extremamente controlada de pessoas para visitação e neste ainda há um trabalho com as crianças que vão visitar com a escola. Os responsáveis mostram para as crianças a situação dos animais, todos de alguma forma com algum problema físico ou psicológico. Eles falam para as crianças que aquela situação é CAUSADA PELO HOMEM ao querer impor sua dominância sobre o meio ambiente, as crianças saem do local chocadas com tudo e com todos, além de impressionadas com o conhecimento obtido.

Devemos esperar cidadãos conscientes e ativos a partir desse choque psicológico na infância??

Sinceramente, espero que sim!

Para quem tiver interesse em assistir, este é o link do vídeo:
Bem, este episódio tratou sobre a onça pintada. Biólogos de uma ong foram acompanhados em uma de sua pesquisas com um espécime de onça do cerrado, uma fêmea que esta sendo monitorada para verificar como ela está conseguindo sobreviver em um ambiente com grande impacto, sendo que seu hábitat está sendo cada vez mais ameaçado pela expansão da pecuária e do cultivo de grãos voltado para a alimentação do gado.

Dentre tudo que foi falado, um dos focos foi em cima da caça e da criação ilegal de grandes felinos como animais de estimação, mostraram vídeos de pessoas FDP que criavam esses animais em casa após retirar todos os dentes, todas as garras, espancamento, sem contar alguns que eram criados em gaiola e cresceram deficientes pela má formação óssea.

Esses animais após um resgate pela polícia ambiental, IBAMA e com a ajuda de biólogos e veterinários eram encaminhados para um santuário do cerrado que abrigava grandes felinos oriundos de apreensão. O local nunca disponibilizará o que o animal necessita em sua ecologia, mas oferece o que for possível para lhe garantir a dignidade necessária, alguns dos animais nunca nem haviam pisado em uma grama.

Normalmente em santuários há uma visita extremamente controlada de pessoas para visitação e neste ainda há um trabalho com as crianças que vão visitar com a escola. Os responsáveis mostram para as crianças a situação dos animais, todos de alguma forma com algum problema físico ou psicológico. Eles falam para as crianças que aquela situação é CAUSADA PELO HOMEM ao querer impor sua dominância sobre o meio ambiente, as crianças saem do local chocadas com tudo e com todos, além de impressionadas com o conhecimento obtido.

Devemos esperar cidadãos conscientes e ativos a partir desse choque psicológico na infância??

Sinceramente, espero que sim!

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

O Elogio da Loucura (Parte 2)

PARTE 1 - http://www.propost.com.br/post/detalhe/2012113034-o-elogio-da-loucura--erasmo-de-rotterdam

Para a leitura desta , segunda parte do texto, onde continuo em uma análise e apresentação de O Elogio da Loucura, que foi considerada a obra máxima de Eramo de Rotterdam, aconselho que seja feita a leitura da parte 1 do texto onde há uma apresentação sobre a vida e obra de Erasmo, com um foco maior na obra em que vos apresento, assim como o início dos pensamentos da Loucura em relação a i mesma e ao mundo.

Ainda apresentarei a terceira parte do texto para que a leitura não se prolongue muito e se torne muito cansativa para você, meu caro leitor.

Continuando....

O ELOGIO DA LOUCURA (PARTE 2)


Que criatura no mundo pode ser mais louca que a mulheres? Eu mesma, que vos escrevo este texto sou uma, e a própria Loucura é mulher. Por que nos autodenominar loucas? Assim como já escrevi anteriormente: que mulher se entregaria ao matrimônio e a maternidade sem antes refletir sobre tudo, aguentar indiferenças constantes e as dores do parto, a infância e a juventude rebelde dos filhos ou a perda de sua liberdade? Não vou generalizar, pois nem todas as relações são deprimentes, mas nós, mulheres, bem sabemos tirar proveito de todas as bênçãos da Loucura. A mulher vive em um reino de fantasias, ludibriada coloca seus sonhos em um casamento... Um vestido branco... Um buquê... A utópica vida a dois... A mulher é fortemente ligada à simbologia da pureza. No fim, nós mulheres do séc. XXI, ainda muito nos comparamos com as tais Mulheres de Athena de Chico Buarque que “Vivem para os seus maridos”.

“As mulheres poderiam se irritar comigo por lhes atribuir a Loucura, comigo que sou mulher também e a própria Loucura? Certamente que não. Observando bem, é esse dom da loucura que lhes permitem serem, sob muitos aspectos, mais felizes que os homens.” (XVII – A Loucura Torna as Mulheres Amáveis).

Segundo a Loucura “Para viver como homem é preciso abster-se de sabedoria”, e como exemplo ela cita Sócrates que foi condenado a beber cicuta, devido ter sido culpado de tanta sabedoria que afrontou os princípios de sua sociedade, perdeu-se em estudos e esqueceu o mundo ao seu redor. No capítulo XXIV a Loucura faz uma crítica há um governo tecnocrata, ela cita e critica a máxima de Platão:

“Felizes das repúblicas cujos filósofos fossem governantes ou cujos governantes fossem filósofos”.

A intolerância desta Deusa é devido ela ser deixada de fora durante um governo com tal princípio político, pois somente haveria espaço para racionalidades e filosofia, já que os filósofos são seus maiores inimigos. Veja o trecho de suas críticas:

“...O pior governo sempre foi aquele de alguém versado em filosofia ou em literatura. A exemplo dos dois Catão, a meu ver, é inclusivo; um colocou praticamente a República de ponta cabeça por suas extravagantes denúncias. O outro ao defender com excessiva sabedoria e liberdade do povo romano, acabou por compromete-lo definitivamente.” (XXIV – A inferioridade da Sabedoria do governo).

Em um governo sábio não haverá espaço para a política de pão e circo, e se não há circo não há entretenimento, e se não há entretenimento... Não haverá Loucura. Mais uma vês a Loucura critica a Sabedoria, maldita figura intrometida em seus afazeres cotidianos, esta semideusa sempre buscando mostrar a realidade ao humanos e a eles propor sofrimentos e angústias.

A sabedoria mostra ao homem a realidade e frente a ela ele não mais consegue retornar ao seu ponto inicial, é como a caverna de Platão, ele muito busca desprender-se do meio comum, mas ao conhecer além, ele não sabe o que fazer, então o que lhe resta e vagar pelo mundo lamentando sua sorte que outrora foi seu maior desejo como o misantropo Timon do deserto.

“Convidai um sábio a um banquete e vereis que se tornará um estraga prazeres por seu melancólico silêncio ou por suas importunas dissertações. Convidai a um baile e haverá de dançar como um camelo que corcoveia. Levai a um espetáculo e bastará seu aspecto para silenciar o povo que diverte, obrigando os organizadores a retirá-lo, como ocorreu com Catão que não conseguiu se desfazer de seu ar carrancudo” (XXV- A Inferioridade da Sabedoria na Vida do Homem).

Então não seria a Loucura o principal meio de alcançar a verdadeira sabedoria? Na verdade nós, humanos, não sabemos qual é a sabedoria que precisamos, se é aquela de intelectuais contida de manuscritos remotos até era da digitalização ou a sabedoria proveniente no conhecimento do mundo como um ser humano dotado de liberdade e curiosidade. Nossas obrigações nós impõem inevitavelmente a hesitação para toda e qualquer ação por medo de errar em algum ponto e é este medo que ao mostrar o perigo, nos impede da ação.

Somente a loucura pode nos privar de tal pensamento negativo, e, somente com ela poderemos alcançar a verdadeira felicidade e/ou a vida que buscamos, a partir de tentativas impulsivas conhecemos a realidade do mundo ao redor. O louco é guiado pelas paixões e o sábio pelas razões, as paixões nos ferem, mas são elas que nos movem para inúmeros aprendizados, nossa paixão refletida no amor, na família, na profissão, etc. Basta analisar que se somente seguirmos a razão mais em frente veremos que nossa vida foi baseada em um ideal falso, apenas para fazer parte do todo.

“De tanto perseguir os animais selvagens e de alimentar-se de suas carnes, os caçadores acabam se assemelhando a eles. Não obstante, acreditam levar uma vida de reis.” (XXXIX – Várias Forma de Loucura) “O sábio se refugia nos livros antigos e nele só aprende frias abstrações. O louco, ao enfrentar a realidade e os perigos, adquire a meu ver, o bom senso.” (XXIX – A Verdadeira sabedoria é a Loucura).

Como já disse na primeira parte deste texto, Erasmo foi conhecido pela grande crítica que fez ao clero e a burguesia, por mais que ele fosse um teólogo amplamente respeitado e desejado pelo Vaticano. Quem ler este livro sem antes ler sobre Erasmo, provavelmente vai achar que foi escrito por um rebelde agnóstico ou ateu, pois suas críticas à religião são espontâneas e claras perante a realidade da época, que com o passar do tempo tornou-se atemporal.

Para mim as abordagens que analisam o fanatismo religioso são sem dúvida os mais interessantes devido ao satírico que ele emprega em sua escrita. Veja este trecho onde ele critica a rezas e as indulgencias:

“O que dizer daquele que alimenta de fórmulas mágicas e de orações inventadas por um piedoso impostor, vaidoso ou ávido, por meio das quais se promete riquezas, honras, prazeres, abundância, saúde sempre sólida, viçosa velhice e, para encerrar, uma cadeira no paraíso, junto ao lado de Cristo! (...) Quem é mais feliz do que aqueles que recitam todos os dias os sete versículos dos Salmos pensando desse modo alcançar a felicidade dos eleitos? Ora, esses versículos mágicos teriam sidos revelados por um demônio, por brincadeira a São Bernardo.” (XL – Os Supersticiosos).

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Hu Jundi - Pintura Chinesa

Se fosse possível, gostaria que você pudesse entrar no mesmo transe que eu, se possível, ao ouvir a canção The Chairman's Waltz e Becoming a Geisha de John Williams ambas que faz parte da trilha sonora de Memoirs of a Geisha (as geishas são do Japão, mas tudo bem...).
The Chairman's Waltz:

http://www.youtube.com/watch?v=yT1-Uo5eUJk

Becoming a Geisha (ao vivo, John Williams no piano tocando junto com o violoncelista Yo Yo):
http://www.youtube.com/watch?v=sY5nw37xYIw

Este texto não está nem aos pés do que pretendia deixar-vos, ele é de certa forma apenas um rascunho informativo para mais tarde eu e você, caro leitor, realizar buscas para mais informações a respeito deste artista.

Durante meus devaneios solitários na busca eterna pela arte e por artistas novos, me deparei com um pintor chinês fabuloso, ele chama-se Hu JunDi, ainda estou procurando mais informações a respeito dele, já que pelo fascínio que tive da obra, não consegui me contentar com o pouco que achei pela internet. Contando um pouco de seu histórico, Hu JunDi nasceu no ano 1962 em Leshan na Província de Sishuan, China. No ano de 1984 formou-se em Sichuan Fine Art Institute.

Hu JunDi pinta normalmente figuras femininas orientais com uma beleza e leveza inconfundível (sou suspeita para falar, pois para mim as mulheres orientais são as mais belas), ele não usa modelos para pintar, e segundo o que achei, ele pinta as mulheres com um ar elegante de Sichuan, muitas das vezes com trajes tradicionais.

(Meu preferido...)




Ele extrai essas imagens de sua mente, por isto muito se assemelham a sonhos, podemos ver algo surreal...expressionista e impressionista (principalmente, basta você lembrar das obras de Monet). Suas pinturas são todas feitas á óleo, no entanto ele possui uma técnica de brilho devido às pinceladas que garantem uma profundidade além do normal. Suas pinturas possuem às cores da região de Sichuan (China), aqui voz deixo uma imagem da paisagem desta região.

(Província de Sichuan - vale lembrar que em 2009 esta região foi assolada por um grave terremoto)

Este é o site do Hallmark Fine Art Gallery (San Diego – California), aqui você pode encontrar algumas informações extras sobre Sichuan, assim como alguma de suas obras que estão expostas.

http://www.hallmarkgallery.com/gal/collection/Hu-Jundi-Original-img-src-http-www-hallmarkgallery-com...

Se eu soubesse ler chinês teria encontrado bem mais informações, mas...